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Mostrando postagens de junho, 2020

Escolas de trabalhadores e operários

Na virada do século XIX para o XX, Santos era uma cidade predominantemente comercial [1] . Sobre a questão social, operária e trabalho em Santos foram consultados trabalhos elucidativos, como a monografia de Katherine R.N. Andrade, “Porto de Santos: o surgimento da cultura de resistência à globalização”, que trata da formação de um movimento operário na cidade de Santos, que passou a reivindicar melhores condições de trabalho e vida. Campos e Gomes (2007) apontam o pioneirismo de Santos nas lutas operárias e na “questão social” da República Velha. “A cidade de Santos, pela zona portuária, foi palco de numerosas greves e de grupos de esquerda importantes” (p. 06). Ressaltando a importância da presença dos imigrantes estrangeiros e os anos de lutas para as conquistas trabalhistas, os autores elencam as diferentes greves dos trabalhadores portuários em Santos, noticiadas em jornais operários como  La Bataglia  e  Avanti : a de 1891, dos empregados nos escritórios e telegrafistas da São

Santos e as estratégias de escolarização primárias no âmbito particular

Santos contou com algumas escolas criadas por pessoas e grupos preocupadas com a formação educacional dos jovens santistas. Infelizmente conseguimos poucas informações sobre elas, tendo em vista que não preservaram sua documentação. Geralmente encontramos apenas a identificação do nome da escola, local de funcionamento e nome do diretor ou de alguns professores. Os dados que conseguimos foram retirados de jornais, memorialistas e de alguns trabalhos sobre a educação na região. Entre as escolas de iniciativa de particulares podemos encontrar: O Colégio Alemão foi criado pelo negociante Guilherme Dellius [1] , que a dirigiu até 1873, sendo posteriormente dirigida por Max Hat e depois por Emílio Oscar Fischer. A Escola do Povo foi fundada por Antônio Manuel Fernandes, intendente santista, a escola criada por ele funcionou em 1878 na sua própria residência.O escritor Júlio Ribeiro, autor do romance A Carne , também teve uma escola na cidade. O abolicionista e republicano Antônio da

Santos e as estratégias de escolarização primárias públicas

A análise dos relatórios da Intendência Municipal já no período republicano, aponta as formas de escolarização existentes. É interessante, por exemplo, a justificativa que foi dada para a criação da Biblioteca Pública da cidade, indício que as ideias de instrução e de cidadania caminhavam lado a lado: Sendo opinião dos grandes pensadores que para haver bom governo é necessário haver instrução do povo; sendo certo que a leitura de bons livros concorre poderosamente para fazer bons cidadãos [...] (Indicação ao Conselho de Intendentes de Santos de 18/08/1891). Há outras sugestões da importância dada à educação pelos republicanos santistas, mesmo durante o império. O vereador Júlio Conceição [1] , por exemplo, pediu, em 10 de janeiro de 1888, que conste no código de posturas a obrigatoriedade do ensino público na cidade. (RELATÓRIO da Intendência Municipal, 1891 p. 77) No relatório da Câmara Municipal de Santos de 1898, por exemplo, há a afirmação de que: Instruir o povo é preveni