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Mostrando postagens de agosto, 2020

Academia de Comércio de Santos (Secundária)

Outra Instituição de grande importância para compreender a questão da escolarização em Santos é a Academia de Comércio de Santos, criada em 1907, já no fim do período das Intendências Municipais. As grandes transformações culturais e socioeconômicas ocorridas em Santos na passagem do século XIX para o XX, criaram novas demandas nas práticas comerciais e estas podem ter propiciado a fundação de uma escola de comércio. Andrade (1978, p. 116) trata da forma como o café trouxe nova dinâmica a Santos, com suas novas “necessidades ligadas aos problemas de sua exportação”’, como o tempo de permanência dos navios no porto, a armazenagem do café, a exigência de concretização de contratos ou acordos comerciais. As operações, antes feitas entre pessoas com ligações pessoais e na base da confiança, com o aumento do volume dos negócios cedem lugar ao financiamento deste intenso comércio, a diferentes bancos de crédito agrícola como o Banco de Crédito Real, o Banco de Crédito Hipotecário e Agríco

O Legado Barnabé e o primeiro “Templo do Saber” de Santos

O primeiro grupo escolar criado em Santos foi o Cesário Bastos, de 1900.No entanto, já estava em discussão a ideia da necessidade de mais escolas pelo menos há mais de uma década. Isto porque na década de 1890 ainda não existiam na cidade escolas direcionadas ao ensino gratuito que pudessem comportar todas as crianças da cidade, mas: [...] em 1869, existiam duas cadeiras masculinas e duas femininas, aumentando para três masculinas e três femininas, em 1879, da rede estadual. Já no ensino municipal, havia a Escola Olavo Bilac, criada pela Lei nº 97 de 12/05/1897, composta por oito classes diurnas não reunidas (VIEIRA, 2011). Portanto, pode-se perceber que Santos estagnou na área da educação pública durante 20 anos, a despeito de que a população ter crescido a cada ano. Essa situação tornou necessário um ensino de qualidade que pudesse comportar todas as crianças em idade de alfabetização em escolas com boa estrutura. [...] em 1873, quando a população de Santos, era ape

Para quê educar?

 Muito se escreve, se fala, se pública sobre educação. Tanto, que daria para fazer uma enorme fogueira. Sabe aquela história do que importa é a qualidade e não a quantidade, então... O foco está errado. Gasta-se tempo no como e nem se pensa no para que. Qual a pessoa que se quer formar? O que se pretende com a educação? Como deverá ser o adulto que está sendo educado? Meu filho, meu aluno, eu mesmo. A pergunta é o que precisa ser aprendido? Um conjunto de informações, uma lista de conteúdos exigidos numa avaliação, comportamentos, atitudes sociais, valores, virtudes?  O que eu pretendo no final do processo?  Sucesso profissional, cidadania, civilidade,  polidez... felicidade, autonomia, liberdade, transcendência, espiritualidade, santidade? Sem um Conhecimento antropológico, da natureza humana, do que se pretende do  Homem, sem o conhecimento da realidade não é possível chegar perto do que é Educação. Talvez instrução, quando muito adestramento, na maioria das vezes passatempo ou seria

Escola sem edifício: O primeiro Grupo Escolar Santista

Escola sem edifício: O primeiro Grupo Escolar Santista Tomando como lema dos republicanos do progresso, os políticos da cidade demonstravam preocupação com a instrução dos cidadãos santistas. Um desses intendentes, João Baptista Martins de Menezes, ocupava também o cargo de Inspetor Literário. Menezes então ocupava duas importantes funções, como Inspetor Literato e da Instrução, nesta última,  tinha o dever de enviar ao Secretário do Interior, relatórios das atividades exercidas e informar sobre a situação da instrução na cidade. Em desses relatórios usou exemplos de pensadores europeus e também políticos norte-americanos, evidenciando a influência do modelo estrangeiro como nos mostra em um trecho de seu relatório: A prosperidade de um paiz não depende da abundancia das suas rendas, nem da importância das suas fortalezas, nem da belleza dos seus edifícios públicos, consiste no numero dos seus cidadãos cultos, nas suas maneiras de educação, illustração e caracter. Nisso é que es

Grupos Escolares– disputas de símbolos

Os responsáveis pela criação da Constituição de Santos não conseguiram fazer grandes mudanças na cidade no que se refere a expansão da educação, contando a cidade com inúmeras iniciativas de particulares, dentre elas, as empreendidas pelos imigrantes, religiosos e filantrópicos; as empreendidas pelo poder público atendiam um número muito pequeno da população.             Com a mudança no poder da cidade, a gente percebe que a expansão vai ser assegurada, tendo como disputa, ainda, os dois primeiros grupos, opositores da cidade, o alinhado ao governo que acaba construindo o Grupo Escolar, mas inicialmente em prédio provisório, que não representa o progresso republicano anunciado e propagandeado. O segundo, não alinhado ao governo, por meio de recursos de herança de Barnabé, vai construir o sonho republicano, de progresso de inovação. A seguir apresentaremos como este processo se deu.
Muitas vezes terceirizamos a educação de nossos filhos. Esperamos isso da escola, da sociedade, dos livros e até mesmo da TV. Não é surpresa que agindo assim os resultados não sejam os esperados. A verdade é que os pais são os responsáveis naturais pela educação de seus filhos, e até mesmo a escola tem papel apenas  complementar. O mais importante não são os "conteúdos" pedagógicos ou um currículo a ser cumprido, pois o objetivo é formar pessoas completas que possam cumprir seu fim último e encontrar a felicidade. Para isso os valores e virtudes são fundamentais. E isso precisa de aprendido em casa. Os pais não precisam ser especialistas em pedagogia ou alguma disciplina, mas exemplos de vida. Assim, precisamos primeiro nos reeducar. Precisamos "gastar tempo" meditando e estudando o que queremos para nossos filhos e num processo de autoconhecimento e reflexão, encontrar isso em nós mesmos. Gosto muito de uma frase de São Francisco que, de alguma forma,