
A linguagem cinematográfica, como qualquer linguagem ou texto, como ensina Chartier, é influenciado pelas condições históricas do período em que é escrita, além disso, seu significado depende do sentido que o autor quis dar ao texto e da forma pela qual o mesmo texto é apropriado pelos leitores.
Como exemplo podemos usar o filme 300, sobre a Batalha das Termópilas, que pode ser utilizado em sala de aula de forma muito proveitosa se levadas em conta o falado acima.
Este filme foi escrito tendo como “inspiração” uma HQ de Frank Miller, um clássico das Grafic Novell. Até tem uma base histórica, mas intenção do filme é reproduzir na telona as características e a narrativa da HQ, e não é claro ser uma “aula de história”.
Possui, no entanto, elementos que podem ajudar na discussão sobre a Antiguidade Clássica, por exemplo: a educação das crianças espartanas, a visão que os espartanos tem dos outros gregos vendo-os como fracos e indeciso, a militarização de Esparta, o modo fantasioso como os “desconhecidos” persas são mostrados etc.
Assim, o cinema pode ser um importante auxiliar na sala de aula, ajudando a entender não só o tema estudado mas também o contexto da produção do filme, bastando que o professor trate de forma correta e discuta com os alunos as eventuais divergências.
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