O estudo desse período de transição entre o
século XIX e o século XX ajuda a traçar um panorama do crescimento da cidade de
Santos, relacionada às transformações de ordem sanitária e também comercial,
visando uma modernização nos moldes dos países europeus.
Saneamento e
construção do porto foram obras conjuntas que tinham como objetivo a
modernização da cidade, trazendo melhoria e eficiência para o comércio
crescente do café.
“Nesse sentido, cidades
na rota do capital internacional como o Rio de Janeiro e Santos, foram
reformadas do ponto de vista de sua circulação viária, sendo na mesma operação
saneadas, embelezadas e remodeladas, adquirindo uma imagem totalmente
diferentes. Além de sanear as cidades tomadas pelas epidemias, o urbanismo deu
a elas um padrão estético moderno e formas urbanas próprias. (SANTOS 2008 p. 31)
As obras de saneamento que drenaram o solo da cidade e o
aumento da população propiciaram grande expansão urbana na cidade com a
abertura de novas ruas e o alargamento ou calçamento de outras. A cidade, antes
restrita ao centro, chegou até a praia. Residências e outros edifícios chegaram
a ser demolidos. É de se notar o curioso caso da demolição da colonial Igreja
Matriz, em 1907, para o alargamento de uma rua. Novas avenidas foram abertas, a
iluminação pública foi modernizada, as distâncias passaram a ser cobertas por
bondes, inicialmente movidos por tração animal e substituídos posteriormente
por elétricos.
As modificações urbanas alteraram também as
relações sociais em Santos, criando novos espaços de vivência e sociabilidade.
Novos hábitos e atividades sociais, importados “de um estilo de vida e cultura da burguesia europeia” seguiram a
nova configuração da cidade como “cinemas,
cassinos, rinques de patinação, salas de jogos e danças e a descoberta do
footing a beira-mar” (MELLO p. 15).
Trabalho
Na virada do século
XIX para o XX Santos era uma cidade predominantemente comercial[1].
Sobre a questão social, operária e trabalho em Santos foram consultados
trabalhos elucidativos, como a monografia de Katherine R.N. Andrade “Porto de
Santos: o surgimento da cultura de resistência à globalização” e outros
artigos.
Campos e Gomes apontam o pioneirismo de
Santos nas lutas operárias e na “questão social” da República Velha, “A cidade de Santos, pela zona portuária, foi
palco de numerosas greves e de grupos de esquerda importantes.” (p. 06).
Ressaltando a influência da presença dos imigrantes estrangeiros, e os anos de
lutas para as conquistas trabalhistas. Os autores elencam as diferentes greves
dos trabalhadores portuários em Santos noticiadas em jornais operários como La Bataglia e Avanti: a de 1891 dos empregados nos escritórios e telegrafistas da
São Paulo Railway; a de 1896-97 de chapeleiros de São Paulo, articulados pelo
Centro Socialista; a de 1905 dos estivadores santistas; a greve de 1908 de
todos os empregados da Docas pela jornada de oitos horas, que se alastrou pelos
carroceiros e ensacadores de café; e a de 1912 no qual todos os serviços das
Docas são paralisados, sendo reprimidos severamente pela polícia que chegou a
saquear a Federação Operária de Santos.
As condições de
trabalho, exploração, contato com ideais e correntes filosóficas de esquerda
firmaram uma classe operária consciente e aguerrida na luta por seus direitos.
Foram diversos os movimentos por melhores condições de trabalho, e greves,
ficando, por isso, Santos conhecida como a Barcelona brasileira.
Imigração
Ao estudarmos a cidade de Santos[2] no
século XIX é inevitável referências aos imigrantes que chegaram à cidade, de
passagem para a lavoura cafeeira, ou para as atividades do porto, bem como, ao
movimento operário com suas lutas e greves por melhores condições de trabalho.
De maneira geral as pesquisas sobre o assunto demonstram a influência
estrangeira no movimento operário e também no cotidiano da cidade. Mas há pouco
sobre como esse processo se deu, e sobre a influência que os imigrantes tiveram
dos nacionais, especialmente em se tratando da participação nas questões
sociais.
A escassez de fontes e a especificidade do problema torna difícil
compreender esses processos. Contudo, há sinais e indícios que permitem ao
menos iniciar a compreensão dessa questão.
Gvirtz, Vidal e Biccas, traçando as características das vertentes de
estudo da história comparada, trazem elementos que nos ajudam a pensar a
questão deste trabalho. Apontam a contribuição de Ginzburg e Gruzinski: o
primeiro que “assume como potencialmente
mais rica a documentação mais improvável, percebendo toda configuração social
como resultado da interação de incontáveis estratégias individuais”; e o
segundo que, ao dar atenção aos sujeitos em trânsito entre mundos, considera-os
“passadores de sociedades e culturas”
possibilitando
“romper com os limites impostos aos estudos pelas fronteiras
geográficas, ao mesmo tempo conciliam o interesse em apreciar as diferentes
representações sócio históricas e as maneira como se foram produzindo novas
sínteses, resultado de apropriações e da circulação de saberes, mercadorias e
homens” (2009 pg.27)
As três ultimas décadas do séc. XIX
foram de mudanças em São Paulo, e Santos é um local privilegiado para
percebê-las, devido do porto em expansão. Entre essas transformações estão a
ferrovia, a infraestrutura urbana e o aumento de negociantes, partes do
processo de crescimento do porto.
Nesse períodoSantos tornou-se conhecida
por seu porto, maior exportador do café do Brasil e também pelas lutas do
movimento operário no século XIX e início do XX. O crescimento das atividades
portuárias, notadamente relacionadas ao comércio do cafeeiro, foi uma das
motivações para a vinda de pessoas de fora da cidade especialmente imigrantes
para Santos. As condições de trabalho, contato com ideais e correntes filosóficas
de esquerda firmaram uma classe operária consciente e aguerrida na luta por
seus direitos. Como foram muitos os movimentos por melhores condições de
trabalho, e greves, por isso, Santos ficou conhecida como a “Barcelona brasileira”.
Autores que estudaram a cidade de Santos no período apontam a forte
relação entre a presença de imigrantes e o movimento operário: “Santos era vista como a terra da promissão,
da liberdade (...) ou ainda a Barcelona operária brasileira” (LANNA 1996 p.
24). Essa alcunha demonstra como os estrangeiros influenciaram o movimento
operário, especialmente o santista, trazendo suas ideias.
O grande número de imigrantes e trabalhadores em Santos propiciou a
circulação de pessoas e também a criação de locais de constituição e troca de
ideias. Centros de nacionalidade, escolas de imigrantes, bibliotecas, Vilas
operárias e jornais operários entre outros, eram locais privilegiados de
encontro e de formação.
Com um número grande de imigrantes (44% da população) e com
mais de 10486 operários com o setor de serviços mais desenvolvido (ferrovias e
porto), embora as atividades industriais (976 operários) sejam secundárias,
Santos tornou-se um dos pontos privilegiados do surgimento do movimento
operário e das ideologias que o incentivaram. (PEREIRA, 1996 p. 84)
Muitas pesquisas têm tratado a respeito
de como cos imigrantes trouxeram novas ideias, especialmente ligadas a questão
social e que foram os grandes idealizadores do movimento operário, das greves e
reivindicações do início da república.
É esclarecedor nesse sentido o trabalho de Ana Luiza Jesus da Costa que
aponta as estratégias de formação e iniciativa dos operários, destacando que a
historiografia nem sempre deu a devida importância às iniciativas dos
nacionais.Citando uma das obras analisadas, afirma:
A preocupação com o papel ativo do público leitor, bem como a concepção de
que também sujeitos analfabetos poderiam ter acesso e fazer uso das notícias e
ideias veiculadas pelos jornais e revistas, nem sempre esteve presente na historiografia
da imprensa. (...) Sua abordagem faz com que a figura das lideranças operárias,
os redatores dos jornais, segundo a autora, imigrantes europeus, em geral,
obscureçam a importância do restante da classe naquele contexto (COSTA, 2012 p.
149)
A presença de imigrantes em Santos já era percebida
desde mesmo antes do auge do café, como, por exemplo a colônia inglesa da
cidade que forma-se desde meados do século XIX por conta da instalação dede os
empresas de transporte, iluminação, telégrafo e agências de bancos(como por
exemplo, as inglesas The City of Santos Co. e São Paulo Railway responsáveis
respectivamente pelos serviços públicos e pela Ferrovia Santos-Jundiaí), as
livrarias, como o famoso Bazar Paris[3], as
peças de teatro e espetáculos que vieram por Santos, os navios e paquets que paravam com regularidade no
porto da cidade, os produtos importados que passaram a ser consumidos, são
sinais da influencia estrangeira nos hábitos e ideias dos santistas.
Contudo, há indícios também do movimento inverso: da influencia nacional
na formação dos imigrantes. É certo que correntes pensamento e ideologias de
esquerda se espalharam entre imigrantes e demais operários, mas não podemos
desconsideram a influencia que esses receberam no solo brasileiro.
Contudo, é no final do século XIX, que
atraídos pelas crescentes oportunidades de emprego existentes na cidade e nas
fazendas de café,“expulsos” de seus países pelo processo de industrialização
implantado na Europa, imigrantes, especialmente portugueses e espanhóis,
passaram a desembarcar no porto de Santos. Parte dos imigrantes que chegava ao
porto santista rumo às lavouras paulistas acabou por permanecer na cidade.
Pessoas de outras partes do país também começaram a chegar à cidade atraídos
pelas oportunidades oferecidas pela cidade em expansão.
“Em Santos, o contingente
imigrante, em particular de ibéricos, foi incorporada em serviços estratégicos
ao funcionamento básico da economia agroexportadora nos armazéns de café e
docas, onde exerceram atividades de doqueiros, estivadores, ensacadores e carroceiros”
(MATOS, 2005 p.13)
Esclarecedora é a tese de Eliane Veiga Porta, que se propõe
a reconstituir a trajetória da imigração espanhola para Santos entre 1882 e
1920. Nesse período “o Brasil passava por
profundas transformações: inseria-se no mundo capitalista com a exportação de
café; politicamente entrávamos na República e, socialmente, abolíamos a
escravidão”, atraindo os imigrantes com novas oportunidades especialmente
na substituição da mão de obra utilizada nas lavouras de café. (2008 p. 10).
A autora demonstra como a partir da década de 1870 Santos
inicia sua transformação de uma cidade insalubre para uma cidade “moderna”,
voltada para o comércio e polo de atração de quem buscava oportunidades de
trabalho no porto, principalmente depois da construção do cais pela Cia. Docas
e das intervenções sanitárias e urbanísticas na cidade. Por esse motivo, parte
dos imigrantes que desembarcavam no porto santista rumo as lavouras cafeeiras
paulista acabava por permanecer na cidade.
SatieMizubuti em seu artigo “Sobre a mão-de-obra industrial no Brasil e a imigração estrangeira
1890-1930” traça importante retrato da questão imigrante, especialmente
informando que a maioria dos operários das indústrias eram imigrantes: “Em 1901, a população operária do Estado de
São Paulo foi calculada em 50.000
pessoas, das quais os brasileiros não chegavam a 10%”. Para Santos e Rio de
janeiro provinham principalmente portugueses e espanhóis, enquanto os italianos
destinavam-se para as lavouras do interior do Estado de São Paulo. (MIZUBUTI p.
3)
Muitos espanhóis imigravam com seus próprios recursos e se
estabeleciam em Santos a convite de parentes ou patrícios, já com ocupações
definidas. Geralmente exerciam as mesmas ocupações[4] que os
portugueses: “que dentro dos domínios do porto
trabalhavam como estivadores, carregadores, ensacadores, ou então no comércio
de bares, tavernas, restaurantes, pensões, hotéis e ambulantes” (PORTA,
2008 p. 49) A maioria dos espanhóis era originária da Galícia e exerciam a
atividade de calceteiros, confeccionando muros e calçamentos em pedras. Outros
tiveram muito sucesso e trabalhavam como comissários, representantes comerciais
e importadores.
Os imigrantes trabalhavam e viviam em péssimas condições:
alto custo de vida, elevação do custo das moradias, baixos salários, longas
jornadas de trabalho, insalubridade, elevados índices de acidente de trabalho,
etc, eram frequentes. (MIZUBUTI, 2001 p. 5)
Devido às péssimas
condições de trabalho e vida em diferentes momentos foram organizados protestos
e greves por melhores condições de trabalho. Mizubutiapresenta em seu trabalho
as diferentes formas de organização operária, como o socialismo, o anarquismo e
o trabalhismo. Notadamente sobre o socialismo a autora cita Santos pioneira em
organizações desse tipo:
“Vários centros socialistas foram criados nessa época,
notadamente na cidade de Santos. Esta cidade havia sido núcleo de propaganda
republicana e abolicionista, com um razoável contingente de trabalhadores com
experiência de algumas greves. Mas, entre os precursores do socialismo, havia
muita confusão quanto aos princípios marxistas e acabou prevalecendo o
evolucionismo de Spencer, optando claramente por um reformismo, rejeitando a
ação revolucionaria. Os socialistas sempre buscaram a conciliação social. Para
eles, a organização sindical deveria servir, antes de mais nada, para conter as
greves.” (2001 p. 8)
Para assegurarem melhores condições de trabalho e vida os
espanhóis, seguindo o exemplo de outras colônias estrangeiras, reuniram-se em
associações, como o Centro Espanhol (1895), a SociedadEspanola de Repatriación
(1902) e a SociedadEspanola de Socorros Mútus y Instruccíon (1900). Diversas
instituições similares foram criadas no período para os trabalhadores
santistas, com participação de espanhóis em seus quadros , com destaque para a
Associação Comercial de Santos, a Sociedade Humanitária dos Empregados no
Comércio[5] e a
União Operária. “A presença dos espanhóis
não se restringiu o âmbito econômico, mas chegou também às lutas operárias por
condições e salários mais dignos, aspecto esse de grande importância”
(PORTA p. 80)
Márcio Brasil pontua como as
diversas nacionalidades presentes em Santos se organizaram em Centros e
fundaram iniciativas comosociedades beneficentes e de auxílio mútuo, mas
especialmente atividades educacionais, como forma de inserção social.
De fato, os imigrantes que chegavam a cidade se organizaram em Centros e
Associações, com o objetivo de auxílio mútuo. Parte dessas instituições
mantiveram cursos e bibliotecas para a formação de seus associados, como foi o
caso do Real Centro Português (1895), Centro Espanol Y Repatriación de Santos
(1895) e da Societá Italiana diBenficenza (1897).
Ghiraldelli afirma que grupos de trabalhadores
socialistas fundaram diversos estabelecimentos escolares pelo Brasil, inclusive
em Santos[6]:
As “escolas operárias”, fundadas e mantidas pelos
agrupamentos socialistas, se desenvolveram em vários estados brasileiros. A
imprensa operária registrou o funcionamento desses estabelecimentos. Em Santos
(SP), por exemplo, o grupo de socialistas ligados ao jornal-revistaA Questão Social fundou uma escola para
trabalhadores: ‘ – Escola Barnabé – em breve começarão as obras dessa escola. A
Infância pobre, no futuro, há de reconhecer os serviços que lhe prestarem espíritos
bem intencionados, socialistas... espontâneos” (A Questão Social, 1895) (GHIRALDELLI JR 1986 p. 32-33)
Foram diversas as escolas fundadas por grupos de imigrantes em Santos.Segundo
Pereira (1996, p. 132), funcionaram no período estudado: o Colégio Alemão,
Colégio Hispano-Português, Colégio Teuto Brasileiro, DeutscherSchulverein
(Escola Alemã), e ainda as escolas da Sociedade Centro Hespanhol e da Societá
Italiana diBeneficenza.
“Se a escola possibilitava a inclusão do imigrante na
sociedade local, ela também possibilitava a inclusão da sociedade local na
escola, oferecendo ensino gratuito e de acordo com o currículo nacional.
(BRASIL p. 07)
Existiram ainda associações e escolas próprias dos operários e
trabalhadores santistas, que contaram em seus quadros com muitos imigrantes,
como é o caso, por exemplo, da Sociedade União Operária, da Escola do Povo, da
Sociedade Auxiliadora da Instrução e da Sociedade Humanitária dos Empregados no
Comércio.
A Sociedade União Operária manteve escola, biblioteca e cursos, atendendo
diversos operários e seus filhos, e tinha como um dos principais objetivos de
seu estatuto o “engrandecimento cultural do operário”:
Nascida em uma cidade portuária, que estava se modernizando,
a Sociedade foi fundada por um grupo de operários e mestres-de-obras da
construção civil, alguns de inspiração anarquista, com sócios em grande parte
imigrantes: portugueses, espanhóis e, em menor escala, italianos. Em 1902,
possuía 1.700 sócios. Entidade de auxílio mútuo e instrução (saúde, funeral, desemprego,
crédito, recursos jurídicos),
colocava a formação cultural em destaque” (PEREIRA, 2009 p.
69)
O pioneirismo de Santos nas lutas operárias e na questão
social da República Velha, bem como, a influência da presença dos imigrantes
estrangeiros e os anos de lutas para as conquistas trabalhistas, são apontados
em trabalhos como e de Campos e Gomes. Os autores citam como exemplo a greve de
1889, na qual trabalhadores, sob a liderança de um português e um espanhol
marcharam pela cidade munidos de paus e revólveres (CAMPOS E GOMES,
2007 p. 07).
As greves dos trabalhadores portuários
em Santos foram noticiadas em jornais operários imigrantes como La Bataglia e Avanti: a de 1891 dos empregados nos escritórios e telegrafistas da
São Paulo Railway; a de 1896-97 de chapeleiros de São Paulo, articulados pelo
Centro Socialista; a de 1905 dos estivadores santistas; a greve de 1908 de
todos os empregados da Docas pela jornada de oitos horas, que se alastrou pelos
carroceiros e ensacadores de café; e a de 1912 no qual todos os serviços das
Docas são paralisados, sendo reprimidos severamente pela polícia que chegou a
saquear a Federação Operária de Santos. (CAMPOS e GOMES, 2007 p. 8)
Essas notícias são exemplo de comoos ideais não circulavam apenas nos
locais de sociabilidade próprios dos imigrantes, mas extrapolavam os limites da
colônia. Os jornais são exemplo da circulação de ideias e da formação e de
auxílio na luta dos trabalhadores.
[1]No Censo de 1913 foram computados 9161
empregados no comércio e classes correlatas, além de 8708 empregados no
transporte e comunicação, ao lado de apenas 2996 trabalhadores rurais, dentro
de um total de 38750 trabalhadores. Este mesmo Censo apontou que grande parcela
estava empregada no Comércio Exterior e em Casas Comissárias de Café. Constituíam
cerca de um terço do total de comerciários.
[2] Cidade
do litoral de São Paulo, conhecida por seu porto, o maior da América Latina e
mais importante exportador de café nos séculos XIX e XX.
[3]O Bazar
trazia publicações da França e de Portugal, e ficou conhecido porser procurado
por escritores e intelectuais de todo o Brasil.
[4] A respeito dessas
ocupações relacionadas ao porto, eram todas dominadas pela Cia. Docas, e
ocorria, algumas vezes divisões baseadas no fator racial, como forma de
controle.
[5] Essas duas instituições são
complementares no que tange a representação perante aos órgãos patronais e do
operariado e pequeno comércio.
[6]A referida Escola
Barnabé foi criada pelo Estado, e só iniciou seu funcionamento em 1902,
contando com o socialista Carlos Escobar como seu primeiro diretor.
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