Benedict Anderson, ao estudar a questão da
nação, a define como uma comunidade política imaginada, que é ao mesmo tempo limitada
e soberana.
Para ele a nação é imaginada, pois é constituída
a partir da idéia de que há algo que une diferentes indivíduos sob desejos,
aspirações ou sentimentos comuns, e estes indivíduos tem essa idéia de unidade,
de pertencimento, mesmo que nunca encontrem os demais membros de sua nação.
Não se pode imaginar todo o mundo, ou toda a
humanidade, como membros da mesma nação.
Diante disso, essa comunidade imaginada não pode ser ilimitada. Ela deve
ter fronteiras físicas, delimitações pré-definidas. Tais limitações ao mesmo
tempo que identificam seus nacionais, e estes entre si, e também apontam outros
como diferentes e por isso como membros de nações diversas.
Diz-se que a nação é soberana, pois seus
interesses devem se sobrepor aos interesses de nações diferentes. A autonomia
de uma nação frente as demais é que garante sua liberdade, sua individualidade.
Segundo o autor tal sentimento tem origem com a legitimidade divina de um
determinado grupo que o diferenciasse frente aos demais, ou na individualização
permitida ao grupo regido por determinada dinastia real. Dessa forma a
Soberania de uma nação é a garantia de sua liberdade, frente ao pluralismo de
nações.
A nação é uma comunidade, pois reúne os
diferentes indivíduos como sendo iguais no que diz respeito a ser do mesmo
grupo. Esse sentimento de pertencimento é tão forte que permite que haja
pessoas que se disponham a morrer pelo bem dessa comunidade.
Diante disso a nação pode ser entendida como a
convergência entre diferentes indivíduos de sentimentos nacionais, ou valores,
costumes, cultura próprios, que cria entre seus membros um sentimento de
lealdade e fraternidade recíprocas, identificando-os entre si e
diferenciando-se, no que diz respeito ao pertencimento a esta comunidade
política, dos demais homens.
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