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Uma crônica

                                A mentira perfeita

Atrocidades são cometidas todos os dias, por ou com pessoas comuns, mas esse caso era especial, alguém “importante” havia sido esfaqueado diversas vezes, esse alguém era o prefeito de nossa tão bela e amada cidade, prefeito o qual era adorado por muitos exceto por quem o matou óbviamente , é possível notar pela violência dos golpes e o descuido impressionante que o assassino teve, parecia ser um caso simples, principalmente para um alguém como eu, que um dia já foi um grande e temido assassino até ser pego e forçado a trabalhar como consultor da polícia, parecia.O caso facilmente seria solucionado em algumas horas somente com a coleta de DNA e digitais as quais foram espalhadas pelo corpo mutilado do prefeito.

Uma coisa é achar o suspeito, interrogá-lo até fazer com que ele revelasse seus segredos mais sujos, todavia não era um caso simples como já que sua repercussão seria imensa, para falar a verdade já estava sendo, a mídia tem uma capacidade enorme de farejar tragédias e inventar coisas sem trabalhar juntamente com a polícia.Acharam o assassino rapidamente, foi simples como eu disse, porém a minha presença mudava tudo, um drogado o qual passava pelo mesmo beco cujo estava o prefeito supostamente o atacou violentamente e levou alguns trocados, todavia essa história era muito escandalosa, poderia levantar diversas questões sobre a segurança da cidade e isso prejudicara o partido do qual o prefeito fazia parte, a minha ajuda era necessária para alterar um pouco os fatos e botar a culpa em outra pessoa, uma pessoa próxima ao prefeito, isso seria muito mais confortante para os jornais porque seria uma boa história e confortaria a população já que o segurança do prefeito o qual estava de folga no dia cuidando da família seria culpado, era um bom suspeito agradaria a todos, com a justificativa de que ninguém pode te proteger das pessoas mais próximas a você.

Me entrevistaram após as notícias serem espalhadas, chamavam aquele pobre senhor de monstro,  concordava sem hesitar, me parabenizavam por mais um caso solucionado, comemorava juntamente a eles.Porém ao chegar em minha casa fui tirar alguns trocados do bolso e caíram algumas evidências como digitais e amostras DNA as quais comprovavam que o assassino era o drogado, pensei por um instante, olhei meu reflexo no espelho, sorri e lembrei que no fim das contas eu sempre fui o monstro e nunca gostei muito do prefeito.

Bruno Cantino

Gian Carlo Fortmuller

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