O uso do documento em sala de aula é de suma importância, ainda que utilizado de forma diferente pelo professor e pelo historiador.
Um documento isolado, fora de seu contexto de produção, não constitui prova documental para a pesquisa histórica. Como ensina Heloísa Belotto: “...A história não se faz com documentos que nasceram para serem históricos, com documentos que só informem sobre o ponto final de algum ato administrativo decisivo. A história se faz com uma infinidade de papéis cotidianos, inclusive com os do dia-dia administrativo, além de fontes não governamentais”, pois a consulta apenas ao ditos documentos de efeito pode produzir imagens e versões distorcidas de fatos e comportamentos.
No entanto cada pessoa irá apropriar-se da leitura do documento de uma forma diferente, pois irá fazer relações com conhecimento prévios que tenha sobre o tema, entender melhor determinados aspectos e menos outros.
Nesse sentido o professor deve orientar a leitura e análise do documento,
contextualizando, mostrando sua finalidade, relacionando com informações relevantes para o aprendizado do aluno. O documento em sala de aula é um instrumento para o aprendizado e não um fim em si mesmo.
A intenção é favorecer ao aluno a aquisição de competências e habilidades para que possam identificar os problemas sociais da atualidade através do olhar aos fatos históricos do passado. É um ensino com direção à prática social.
O professor de história deve propiciar ao aluno que este questione, problematize sua realidade, e a partir daí possa discutir o conteúdo da disciplina. Além disso, deve haver o incentivo para que os próprios alunos encontrem suas soluções para os problemas percebidos pela análise dos documentos.
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