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Paradoxos para entender o mundo

Gosto muito de um autor inglês que viveu entre o final do século XIX e o início do XX: G. K. Chesterton. 

Aprecio seus textos não só por traduzirem um conteúdo difícil de forma clara, mas pelo seu bom humor e capacidade de apresentar a simplicidade das grandes coisas e a grandeza do trivial.





Seguem algumas frases de Chesterton:


‎"A mente moderna é arrastada para o futuro, por uma sensação de impotência com que contempla o passado... O futuro nos refugia da grande competência dos nossos antepassados... Nós nos propusemos a não entender o que aconteceu, mas nos dispusemos, com uma espécie de alívio, a nos debruçar sobre o que ainda irá acontecer. O homem moderno, já não recorda nada de seu bisavô, mas está empenhado em escrever uma biografia exaustiva e autorizada de seu bisneto". Disparate do Mundo

"Quem acende uma luz é o primeiro a beneficiar da claridade." Chesterton

“O pragmatista deseja ser prático, mas a sua prática vê-se, afinal, que é inteiramente teórica. O tomista começa por ser teórico, mas a sua teoria chega a resultados totalmente práticos. É por isso que grande parte do mundo está hoje retornando a ele.”
G. K. Chesterton, Santo Tomás de Aquino

"A afirmação de que os mansos herdarão a terra está muito longe de ser uma afirmação mansa." G. K. Chesterton.


"É fácil ser louco; é fácil ser herege. É sempre fácil deixar que cada época tenha a sua cabeça; o difícil é não perder a própria cabeça." 

“O homem é confortado, sobretudo, por paradoxos“ 

"O grande dogma humano é, assim, que o vento move as árvores. A grande heresia humana é que as árvores movem o vento. Quando as pessoas começam a dizer que as circunstâncias materiais criaram por si sós as circunstâncias morais, previnem qualquer possibilidade de mudança séria. Pois se minhas circunstâncias me fizeram completamente estúpido, como posso estar certo sequer de que tenho o direito de alterá-las?" Tremendas Trivialidades.

"(...)os homens não precisam viver para a comida pelo mero fato de não poderem viver sem comer. A verdade é que a coisa mais presente na mente do ser humano não é a parafernália econômica necessária para sua existência; é antes a existência em si: o mundo que ele enxerga todas as manhãs ao acordar e a natureza de sua posição geral dentro dele. Há alguma coisa que está mais próxima dele do que o seu sustento: a própria vida. Pois assim que lembra exatamente qual trabalho produz seu salário e qual salário produz suas refeições, ele pensa dez vezes que o dia está bonito ou que este mundo é esquisito, ou se pergunta se o casamento é um fracasso, ou se sente feliz e intrigado com seus filhos, ou recorda a própria juventude, ou de um algum jeito revê a misteriosa sorte humana. Isso é verdade e se aplica à maioria até mesmo de nossos escravos assalariados em nossa mórbida industrialização moderna, que por sua hediondez e desumanidade realmente forçou a questão econômica a ocupar uma posição de destaque. Isso é incomensuravelmente mais verdadeiro se aplicado à multidão de camponeses, ou caçadores, ou pescadores que compõem a massa real da humanidade. Até aqueles insensíveis pedantes que pensam que a ética depende da economia devem admitir que a economia depende da existência."  Homem Eterno, 146


Fontes: Sociedade Chesterton Brasil
http://sociedadechestertonbrasil.org/


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